Desistir do amor?*


Por que falar de saudade se a ausência ainda dói tanto?
Por que mexer na ferida que ainda não secou?
Por que tanto amor se já não existe a cumplicidade?
Por que insistir no que já acabou?

Tantas perguntas que os que estão de fora fazem…
Só mesmo quem vive uma paixão,
quem está dentro do relacionamento sabe que:

A saudade é o reviver da emoção que desabou,
a ferida é apenas uma casquinha do amor que ainda não acabou,
a insistência é a força dos apaixonados,
dos que não desistem na primeira discussão tola.
O amor só acaba quando deixamos de vivê-lo,
quando desistimos de lutar por ele,
então, não é amor.

Amor é chama que se acende toda hora,
é esperança que alimentamos com carinho, dia a dia,
é renovação quando nos ligamos em atenção,
e quando a alma está plena,
quando estamos carregados de sentimentos puros,
somos mais que motivados para a vida,
somos além da realidade e da paixão,
somos o próprio coração.

Desistir?
Por quê?
Pra quê?

Se ainda há amor,
se ainda há uma palavra que não foi dita,
se existe a possibilidade de falar mais uma vez,
porque deixar a palavra morta, a frase no ar?
Diga sim: Eu te amo!
Quantas vezes forem possíveis.

Somos uma experiência de amor,
somos resultados e frutos do amor.
Se abandonarmos o corpo,
se deixarmos de ter fé,
se desacreditarmos no mundo,
ainda assim, estará em nós o "fluído mágico da vida",
o elixir que combate a dor,
porque somos espelhos uns dos outros,
nós somos o amor.