As emoções
A palavra emoção provém do verbo emovere, que significa mover ou movimentar, sendo, portanto, qualquer tipo de sentimento que produza na mente algum tipo de movimentação, que tanto pode ser positiva, negativa ou mesmo neutra.
O importante na ocorrência do fenômeno da emoção são o seu propósito e as suas consequências. Quando se direciona ao bem-estar, paz, à alegria de viver e de construir, contribuindo em favor do próximo, temo-la como positiva ou nobre, porque edificante e realizadora. No entanto, se inquieta, estimulando transtorno e ansiedade, conduzindo nossa mente a distúrbios de qualquer natureza, temo-las negativa ou perturbadora, que necessita de orientação e equilíbrio.
Os resultados serão analisados pelos efeitos que produzam no indivíduo e naqueles com os quais convive, estabelecendo harmonia ou gerando empecilhos.
São as emoções responsáveis pelos crimes hediondos, quando transtornadas, assim como pelas grandes realizações da humanidade, quando direcionadas para os objetivos edificantes do ser.
No primeiro caso, desfruta-se de alegria de viver e de produzir o bem, enquanto que, no segundo, proporciona sofrimento e angústia, desespero.
Para um outro objetivo são necessárias ferramentas específicas, tais como o amor, a bondade, a compaixão, a ira, a cólera, o ódio, o ressentimento, a desonestidade, que levam ao crime e a todas as urdiduras do mal.
No primeiro caso, encontramos a nobreza de caráter e dos sentimentos edificantes, enquanto que, no segundo, constatamos a pequenez moral, o primarismo em que se detém o ser humano.
As emoções, do ponto de vista psicológico, podem ser agradáveis ou desagradáveis, estabelecendo identidades, tais como aproximação, medo, repugnância e rejeição.
O importante no que concerne às emoções é o esforço que deve ser desenvolvido a fim de que sejam transformadas as nocivas em úteis.
Quando se expressam prejudiciais, o indivíduo tem o dever de trabalhá-las, porque algo em si mesmo não se encontra saudável nem bem orientado. Ao invés de dar expansão às suas tempestades interiores, deve procurar examinar em profundidade a razão pela qual assim se encontra, de imediato tentando alterar-lhes o direcionamento.
As emoções têm sua origem nas experiências anteriores do ser, que se permitiu o estabelecimento de paisagens internas de harmonia ou de conflitos.
Não se deve lutar contra as emoções, mesmo aquelas denominadas prejudiciais. Antes, cabe o esforço para desviar-se a ocorrência daquilo que possa significar danos em relação a si mesmo ou a outrem.
Inevitavelmente, ocorrem momentos em que as emoções nocivas assomam volumosas. A indisciplina mental e de comportamento abrem-lhe espaços para que se expandam. No entanto, a vigilância, ao lado do desejo de evitar-se danos morais, oferece recurso para impedir suas sucessivas consequências infelizes.
Nem sempre é possível evitar-se ocorrências que desencadeiam emoções violentas. Pode-se, no entanto, equilibrar o curso de sua explosão e o direcionamento dos seus efeitos.
Raramente alguém é capaz de permanecer emocionalmente neutro em uma situação conflitiva, especialmente quando o seu ego é atingido. Irrompe, automaticamente, a hostilidade, em forma de autodefesa, de acusação defensiva, de revide…
Pode-se, no entanto, evitar que se expanda o sentimento hostil, administrando-se as reações que produz, mediante o hábito de respeitar o próximo, de tê-lo em trânsito pelo nível de sua consciência, se em fase primária ou desenvolvida.
Torna-se fácil, desse modo, superar o primeiro impacto e corrigir-se o rumo daquele que se transformou devido a uma emoção de ira ou de raiva.
Joanna de Ângelis
Mensagem psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, em 09.03.09, no Centro Espírita Caminho da Redenção, Salvador, Bahia.