O HOMEM E A ÁRVORE
O homem pode ser comparado a uma árvore. As suas raízes de sustentação e nutrição, fincadas no solo, são o seu passado espiritual.
Espíritos imortais que somos, trazemos das tantas experiências já vividas a resultante da conquista intelectual e moral realizadas.
O solo onde as raízes se fincam são os pais e responsáveis pela educação. Se elas permanecerem em solo árido ou pantanoso, pedregoso e sem fertilidade, logo a falta de vitalidade determinará doenças e até a morte da planta.
É preciso a correção da terra, a adubação, para que as energias vitais corram por toda a estrutura do vegetal, levando-o a ter vigor e, assim, poder florescer e frutificar.
O adubo é a educação sadia, alicerçada em valores morais elevados. Justamente aqueles que têm muito mais a ver com a formação do Espírito imortal, que tudo absorve e permitirá que o indivíduo se torne, nesta vida, um cidadão honrado. Alguém que pese e contribua positivamente para a comunidade onde vive.
O tronco é a existência atual. Através dele circula a seiva retirada das raízes e, então, o homem se mostra leal, servidor, operante.
Os galhos e a folhagem representam as atitudes presentes. Existem árvores com ramaria abundante mas incompleta, pois sem folhas, ressequidas. Os que ali buscam abrigo, encontram somente uma sombra mirrada, que não refrigera o ardor do sol e o calor do dia.
Sem folhagem, os pássaros não se achegam para construir seus ninhos e estabelecer a sua família.
São os homens que não pensam senão em si mesmos, que constroem e vivem para o seu gozo.
Somente realizam aquilo que lhes proporcione prazer. São os egoístas, que vivem insatisfeitos. São também invejosos porque observam a folhagem verde, jovem das demais árvores e quereriam também possuí-la, sem se esforçarem para isso.
As flores e os frutos representam o futuro. Toda árvore que se sustenta em raízes fortes, corrigidas pelo adubo da educação, que ergue um tronco robusto que se espalha em galhos e folhas fartas de pensamentos edificantes, constrói para si a felicidade de ver multiplicarem os seus frutos, após a floração perfumada e colorida.
Nesse processo, não podem ser esquecidas as ervas parasitas que sugam a seiva da árvore. Os insetos daninhos que a exploram.
As ervas parasitas e os insetos daninhos debilitam, interferindo no comportamento do vegetal. Podem ser entendidas como as criaturas que se avizinham do outro somente para dele extrair o de que necessitem, sem esforço.
São os exploradores da boa fé alheia, os que pretendem enriquecer à custa da desgraça de outros, quais sejam os que fomentam o tráfico das drogas e dos prazeres mundanos.
Se passam a ter controle e força sobre a sua vítima, a consomem.
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O homem, como a árvore, necessita de extremados cuidados para se desenvolver em bases seguras, erguer o tronco e produzir em abundância.
Por isso Deus confia os Espíritos a pais e mães, na Terra. Ser pai ou mãe é, pois, ter sido convidado por Deus para contribuir com a economia do Universo.